Todo mundo pode investir em startups
Por meio de plataformas de investimento coletivo, é possível virar sócio de empresas inovadoras sem gastar muito
Esqueça o estereótipo de que apenas pessoas do mercado financeiro, que vivem rodeadas por números, são investidoras.
Se você se interessa, mesmo que minimamente, por economia — ou se preocupa com o destino do seu dinheiro –, já deve ter ouvido falar de plataformas digitais que prometem descomplicar o tema, como Yubb, Warren, e Nubank.
Além de interface moderna e linguagem acessível, muitos destes serviços também se destacam por oferecer uma oferta maior de investimentos (alguns com quantias a partir de R$ 1), e facilitar para que mais pessoas descubram outras opções que não a poupança, a aplicação financeira mais popular no país — segundo o Banco Central, 153 milhões de brasileiros, cerca de 73% da população, ainda investem dessa forma.
A novidade é que, agora, já dá para ir além e investir também em startups — sim, nas empresas inovadoras que estão resolvendo problemas reais da sociedade e podem se tornar o próximo unicórnio brasileiro. E o melhor: com aportes a partir de R$ 500, sem burocracia alguma ou a necessidade de estar envolvido no ecossistema empreendedor.
O que torna isso possível são as plataformas de investimento coletivo (equity crowdfunding, em inglês). O modelo é parecido ao de serviços de financiamento em grupo como Catarse e Kickante, com a diferença de que, ao invés de simplesmente doar o dinheiro ou receber um brinde em troca, o usuário garante uma parte da empresa e se torna sócio dela.
No Brasil, a pioneira em equity crowdfunding é o Kria, antiga Broota, fundada em 2014 por Frederico Rizzo. Certificada por órgãos reguladores como a CVM, a plataforma analisa minuciosamente todas as inscrições que recebe e já captou mais de R$ 18 milhões para 50 empresas.
Uma delas, ainda em processo de captação, é a Beleaf, a primeira startup de comida plant-based congelada do Brasil. Anteriormente, a empresa, que é uma das investidas da Rise Ventures, já havia garantido mais de R$ 700 mil em rodadas tradicionais. Agora, os três fundadores, Jônatas Mesquita, Fernando Bardusco, e Fábio Biasi, escolheram a plataforma para trazer R$ 1,6 milhão, quantia que será utilizada para expandir o negócio e o portfólio de produtos.
“Poderíamos continuar conversando com investidores do mercado, mas optamos pelo Kria pois, além de ser uma prática inovadora, algo que tem tudo a ver com o ecossistema de startups, é uma forma de atrair embaixadores da marca e mais pessoas para o nosso movimento de alimentação saudável”, explica o CEO Fernando Bardusco.
No mundo
Essa tendência, que aos poucos chega ao Brasil, já é realidade lá fora. Só em 2017, cinco países captaram U$5,8bi via crowdfunding de investimento. Nos Estados Unidos, uma das principais plataformas de equity crowdfunding é a Republic, que oferece aportes em startups a partir de $10. O objetivo da empresa, assim como o do Kria, é democratizar o acesso ao mercado de investimento e impulsionar boas ideias que precisam de recursos para continuar na ativa. Já passaram por lá negócios das áreas de saúde, entretenimento e alimentação. Um deles, aliás, foi a Everytable, marca americana de comida saudável parecida com a Beleaf. Pela plataforma, eles captaram $ 291 mil de 849 pessoas.
Outro serviço de investimento coletivo é o britânico Crowdcube. No ar desde 2011, alcançou grandes números no ano passado: 325 startups e mais de 120 mil investimentos feitos pelos usuários, totalizando cerca de 130 milhões de libras.
É do Reino Unido, inclusive, um dos casos de equity crowdfunding mais conhecidos até hoje: a campanha Equity for Punks, da cervejaria escocesa Brewdog. Quem investiu na primeira rodada, iniciada em 2010, teve um retorno de 2.800% em 2017 — para se ter uma ideia, o menor aporte, no valor de 230 libras, passou a valer 6.360 libras.
O sucesso foi tanto, que a campanha está em sua quinta rodada. Só nesta, mais de 36 mil investidores espalhados pelo mundo já garantiram 19 milhões de libras para a cervejaria.
A oportunidade
A Beleaf é pioneira em refeições plant-based e ready-to-eat no Brasil. Os pratos, feitos com ingredientes 100% naturais, são ultracongelados, tecnologia que preserva sabor, nutrientes e textura. Por meio do e-commerce, a empresa vendeu mais de 34 mil refeições nos últimos 12 meses.
Para saber mais sobre a oportunidade, acesse a página da Beleaf no Kria e assista o video abaixo:
Você também pode acessar a página de informações essenciais sobre a oferta pública.
Como investir
O processo de investimento é 100% online. O Kria faz o registro eletrônico de todos os investimentos e também a emissão do contrato, que é assinado digitalmente. Feito isso, você receberá as instruções de pagamento.
Para realizar o pagamento, é necessário transferir o valor definido para a conta informada no Kria. Essa é uma conta reserva, que resguarda seu investimento, aguardando o final da rodada de captação. Caso a meta mínima não seja atingida (2/3 do total), seu dinheiro será reembolsado integralmente.
Valor das cotas
Para a oportunidade de investimento da Beleaf, o valor de cada cota é de R$250, com investimento mínimo de 2 cotas — no caso, R$500. A partir daí, pode-se adquirir quantas cotas quiser.
Essa é uma chance de se juntar ao movimento das empresas que nasceram com o propósito de gerar retorno para acionistas e impacto positivo. Além de retorno financeiro, você será protagonista na criação de novos empregos, no investimento sustentável para o planeta e no apoio de um produto que leva saúde e bem estar para a vida de seus consumidores.
Se houver alguma dúvida, a empresa elaborou um artigo com as principais Perguntas e Respostas a respeito do processo.
Dúvidas?
Caso ainda queira entender melhor, basta postar no fórum de discussão na página da página da oferta.
Por lá, o co-fundador e CEO da Beleaf, Fernando Bardusco, está a disposição para responder quaisquer pontos.